Introdução ao Selenium 2

Entenda mais sobre Selenium e entenda como ele pode ajudar em aplicações web.

por Igor Ribeiro Lima 18/12/2013 ~ 4 min. / 663 palavras

Selenium é uma ferramenta de apoio às necessidades de testes em aplicações web. Altamente flexível, permite muitas opções para a localização de elementos de interface no navegador e simular comportamentos reais de um usuário. A versão 2.0 tem como funcionalidade primária a integração da API WebDriver. Projetado para fornecer uma interface ainda mais simples, concisa e orientada a objeto, o que melhora de forma significativa o suporte aos problemas complexos que são enfrentados ao testar uma aplicação web.

Essa API pode ser chamada através de diversas linguagem de programação, porém, em nosso exemplo, iremos utilizar o NodeJS (JavaScript), que pode ser baixado no site oficial e que possui um gerenciador de pacotes (Node Package Manager – NPM), o qual permite a interação com um repositório online via linha de comando, facilitando a instalação de várias outras ferramentas.

Nesse exemplo, será utilizado uma ferramenta chamada Vows, gerenciada e instalada pelo NPM, que ajuda no desenvolvimento orientado a comportamento assíncrono. Usar testes assíncronos no NodeJS tem dois motivos. Primeiro (e talvez óbvio), é que o NodeJS é assíncrono e por isso os testes também deveriam ser. Segundo, é fazer com que os testes, os quais lidam com entrada e saída de dados, rodem mais rápido.

Breve resumo dos conceitos do Vows. Suite: um objeto que contêm um ou mais batches, e pode ser executado ou exportado. Batch: uma estrutura de contextos. Context: um objeto que pode conter um topic(opcional), nenhum ou mais vows, nenhum ou mais sub-contextsTopic: pode ser tanto um valor ou uma função de código assíncrono. Vow: é uma função que recebe o topic como um argumento e roda assertivas no topic.

O teste que será feito possui quatro passos: (i) abrir o navegador, (ii) acessar uma página de teste(iii) verificar o título da página e (iv) fechar o navegador. Algo bem simples. Suficiente para experimentar a versão 2.0 do Selenium.

As dependências necessárias podem ser instaladas usando o NPM, digitando o seguinte script no terminal:

Há duas maneiras de instalar dependências no NodeJS: globalmente ou localmente. Quando uma dependência é global, os arquivos são executáveis, tornando possível a utilização de uma dependência através da linha de comando. Quanto às dependências locais, estas são instaladas no diretório corrente, dentro de um diretório chamado node_modules.

O primeiro script, utilizando o parâmetro -g, instala duas dependências globais: phantomjs e vows.PhantomsJS é um headless WebKit, feito totalmente em javascript e possui suporte rápido e nativo para vários padrões web como manipulação de DOM, seletores CSS, JSON, Canvas e SVG.

Já o segundo script, instala três dependências locais: chai, wd e vows. Chai é uma biblioteca de assertivas BDD/TDD para NodeJS e navegadores, a qual pode ser ‘graciosamente’ utilizada com qualquer framework de teste JS. WD é um cliente em NodeJS para facilitar o acesso à API do Selenium 2, a qual suporta métodos como: fazer requisições GET e POST, clicar no botão VOLTAR do navegador, fazer refresh no navegador, pegar um printscreen da tela corrente, redimensionar e mover a janela do navegador, submeter formulário, digitar texto, usar cookies, selecionar um elemento DOM, clicar e mover um elemento DOM selecionado, etc.

Após a instalação de todas as dependências necessárias, vamos criar dois arquivos: configuracao-webdriver-usando-phantom.js com as informações de configurações do webdriver e apenas-um-exemplo.js com os passos-a-passos simulando o comportamento real de um usuário.

configuracao-webdriver-usando-phantom.js

apenas-um-exemplo.js

Criado esses dois arquivos, é preciso, em um outro terminal, rodar o PhantomJS em modo WebDriver, digitando o seguinte comando:

Uma vez o PhantomJS rodando em segundo plano, basta rodar o vows, o parâmetro –spec serve apenas para ter um diferente tipo de ‘reporter’, segue o comando e uma ilustração do resultado obtido:

Esse exemplo contempla de forma bem simples a utilização da API do WebDriver/Selenium 2. Essa abordagem também pode ser feita em diferentes tipos de navegadores. Como é sempre melhor começarmos aos poucos, aplicando pequenos passos de cada vez, isso ficará para uma próxima discussão. Para quem se interessar, todo código está disponível em um gist. Muito obrigado.